Não te esqueças do pacto que fizeste, naquele dia em que o sol beijava a lua no preciso momento em que, dentro de ti, o eclipse lunar explodia em estrelas cadentes.
Saíam asas da tua boca e raios amarelos das pontas dos teus dedos,
duas pedras da cor da esmeralda engastadas em dois riscos pretos
que reflectiam…
reflectiam o quê, sua parva?
O momento em que saltaste da ponte e a quiseste como tua?
que sangraste que nem uma porca
e, mesmo assim, a quiseste para ti?
Reflectiam o quê, sua parva?
As asas que não tens, os raios que se dispersaram?
E essas pedras da cor da esmeralda…
Isso interessa para quê, idiota.
Alguém entra nelas e se perde no emaranhado dos teus afectos?
Não são asas de borboletas, há muito que elas deixaram de esvoaçar e de zelar pelo teu sono.
São asas de morcegos, de abutres, aves de rapina que se escondem de noite, predadoras, hipnotizantes.
Aliás, essa cor, a da esmeralda, engastada entre dois riscos pretos, são de serpente cascavel. É por isso que ficas estática, como um ser indefeso, ondulante, rastejante, alerta à presa que se escapa, deixando um trilho de pele, rasto de cascavel…
Há muito que sei que te escondes em prados verdejantes, cobertos de papoilas vermelhas. E sei que procuras a branca, rara entre as vermelhas, para uma vez mais, qual abutre, sugares o sumo, a pasta leitosa, o ópio que te adormece, e sei, sua imbecil de merda, como tu também sabes, que esse sono não é eterno, mas feito de intermitências.
Deixa-te estar, queda-te em câmara lenta, são instantes, não os queiras para ti, não os retenhas dentro de ti, deixa-os passar, são tão rápidos, tão velozes…deixa-os ir, deixa-os partir…
Nesses momentos até podes pensar nas pedras da cor da esmeralda mas, e que isso fique bem claro, na tua mente de atrasada mental, são só pedras, não inventes que são mais do que isso, porque não são.
Reduz-te a esses instantes velozes, rápidos e que não queres e não vais reter...são instantes insignificantes, rápidos, velozes, com órbitas brancas, sem verde, sem riscos pretos, sem campos de papoilas, sem borboletas que zelam o sono, sem raios, sem asas, sem rastos de serpente, sem pele, sem sono, sem ópio, sem intermitência, sem ponte, sem instantes e, cabra de merda, sem afectos.
. ...
. ...
. RIP
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
. ....
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
. ...
. R.I.P.
. ...
. ...
. ...
. PARA MIM...PARA MIM...E S...
. PORQUÊ?
. VEM...
. TODOS IGUAIS!!!
. ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE DEFICIENTES
. AMIGA DA PAZ
. AMIGA DA SOLIDARIEDADE
. AMI
. AMIGA DOS ANIMAIS
. PRAVI
. BIANCA
. AMIGA DAS CRIANÇAS
. AMIGA DAS CRIANCAS DESAPARECIDAS
. MADDIE
. AMIGA DE MÃES CORAGEM
. CÉLIA
. MARIA
. FILOMENA
. OUTRAS E OUTROS SEM EIRA NEM BEIRA
. Strange
. Ecoman
. Rititi
. ProZaica
. Alluvium
. Van-Van
. Alfaiate
. Tralha
. Leswork
. Saramago
. ALA
. DIRECTÓRIO DE REVISTAS CIENTÍFICAS
. Latindex
. RedeAlyc
. DOAJ
. SCOPUS
. IBSS
. A SABER SEMPRE ...
. ONDE IR
. CCB
. FCG
. COLISEU
. NÃO DOU TÍTULO