Sem Eira nem Beira

PARTE I

Cheguei a casa, Micas na rua, cozer o frango e banho.
Ainda o frango a cozer e eu em cima duma cadeira a regar as plantas da cozinha...trouxe-as para baixo, deixei-as escorrer e toca a pôr lá tudo de novo...qual não é o meu espanto, uma delas, que está por cima do frigo desata a deitar água...um dilúvio...eram panos e panos e a água escorria...um horror...e eu lá encavalitada...saía,  pensava que Noé estava salvo e lá voltava o dilúvio.
A seguir, tirar os ossos ao frango para a bendita canja...juntei tudo num saquinho com alguma comida seca e "amandei" para os gatos...mandaram-me comer a mim...fui buscar o pacote de arroz, abri e comecei a deitar no recipiente que está na despensa...o malvado rompeu-se e era um arrozal pelo chão da cozinha...varrer a cozinha (uma)
a seguir, encher o recipiente com a comida das bichinhas...tinha posto a lavar na máquina, confiei na D. Luísa e quando estava cheio, ao pôr no chão, derramou-se todo!!! Varrer a cozinha (duas)

PARTE II

O frango cozido, água na panela e arroz lá para dentro...
sentei-me a ler com um olho...
canja pronta...sem água...arroz de frango...deitei água...deixei de ver frango...só via água...tapei um olho, para ver se era mesmo verdade...era!!!
cozi arroz...deitei lá para dentro....arroz de frango na mesma....
passei-me, deitei litros de água...ficou canja...podre de insonsa...deitei no prato para o meu jantar...deitei sal...ficou salgado!
comi furibunda mas como estou de novo a comer que nem uma alarve e sem maneiras (maldita cortisona), engoli tudo sem mastigar...
hoje de manhã, a canja está, outra vez, arroz de frango...tenho canja ou, arroz de frango durante, sei lá quantas refeições...se estiver intragável, meto no forno, polvilho com queijo ralado, deito natas e logo se vê.